Meu senhor e meu dono a festa vai começar.
Agora somos três: eu o boi e meu dono.
Não me maltrate que o levarei sobre minhas patas velozes.
Não puxe o freio com força porque conheço o caminho tantas vezes percorrido.
Não reclame da poeira que levantamos.
Pois o mesmo ar que respira o boi e o cavalo também respira o homem.
Seja valente e digno para vencermos porque somos dois contra um.
Mas seja forte e humilde se perdermos porque somos dois contra um.
Se cair que seja longe de minhas patas perigosas.
Pois não posso pisar o meu dono o meu senhor.
E quando esta festa acabar abraça-me com carinho.
Dá-me de comer e beber.
Suba no pódio e receba o troféu que é meu e seu.
Mas volte a esta pista de areia vaqueiro.
Volte e peça perdão ao boi derrotado.
A este mesmo boi que um dia com seu hálito quente.
Aqueceu o berço pobre do menino Deus.
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